08 Sep

Um pequenino grão de areia

Que era um pobre sonhador

Olhando o céu viu uma estrela

E imaginou coisas de amor


Passaram anos,  muitos anos

Ela no céu e ele no mar

Dizem que nunca o pobrezinho

Pode com ela encontrar


Se houve ou se não houve

Alguma coisa entre eles dois

Ninguém soube até hoje explicar

O que há de verdade

É que depois, muito depois

Apareceu a estrela do mar

( Composição: Marino Pinto/Paulo Soledade)

Lembrei dessa musica que ouvia no rádio na minha infância ao me perguntar hoje de quem eu sou o próton, de quem eu sou o infinitésimo, o que resulta do que nele está contido!? Do que resultam todos os que neste planeta estão vivos, tudo de vivo que nele está! No corpo de que espécie de ser se criou o que em mim resulta em mim, em cada um de nós, há quantos bilhões de anos atrás? De quem será a luz e o calor de todas as estrelas, de quem será esse oceano feito de prótons, nêutrons, elétrons, que se movendo à velocidade da luz se levaria bilhões de anos para atravessar? Se chegaria à algum lugar? E no mais distante próton, contido, o que contido em mim, resulta em mim!

De quem será?

Por que , será, que a luz e o calor do Sol, se transforma em um sorriso e em um olhar?

Por que será que se transforma em respiração e dessa respiração brota o alimento, para o corpo e para alma?

De quem serei eu o que seria preciso juntar juntar milhões de bilhões para formar, para se tornar visível, como, um pequenino grão de areia!

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