O que foi dito há alguns milhares de anos atrás, " porque és pó e ao pó tornarás", poderia ser dito hoje de outra forma: "Porque és átomo, apenas átomo. Tu e tudo que existe de vivo em ti, o que tu vês, o que tu pensas, o que tu sentes , resulta apenas do que existe de vivo no interior de um próton, de um nêutron e de um elétron. Resulta apenas de um infinitésimo de vida, que é o que é o átomo." Esse universo que nos é visível, essa porção de espaço que a luz levaria alguns bilhões de anos para percorrer, mesmo que fosse de trilhões anos-luz, em relação à um espaço infinito é apenas um infinitésimo, algo como um ponto de luz em uma imensidão infinita de nada .E em relação ao tempo, da mesma forma. Em relação a um tempo infinito 20 bilhões de anos são apenas um infinitésimo de tempo. Porque em relação à algo infinito, eterno, por maior que seja a quantidade que se consiga imaginar, essa quantidade vai ser sempre apenas um infinitésimo.
E em um infinitésimo de espaço, bilhões de galáxias, cada uma delas com centenas de bilhões de estrelas pondo fora sua comida, irradiando para o espaço infinito, o que para cada um de seus átomos é o alimento. E em uma dessas galáxias, em torno de uma de sua centena de bilhões de estrelas, orbita um planeta em que em bilhões de organismos, vegetais e animais, articulados das formas mais diversas, em integrações, associações e interações, das mais diversas, como resultado possível do que existe de vivo em um único próton, em um único nêutron, e em um único elétron, a energia se exaure em vida! Em um infinitésimo de tempo! A riqueza de vida que existe em um único próton, em um único nêutron, em um único elétron!
Feitos de infinitésimos, resultados do que existe de vida em infinitésimos, em um universo todo de infinitésimos e que é todo, apenas um infinitésimo!