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De onde será que vinha o entregador de pão que existia na minha infância! De onde será que vinha, em sua charrete, puxada por um cavalo, de onde será que vinha toda a madrugada. De que lugar, desse universo infinito, atravessando o espaço, através  e entre  bilhões de galáxias, toda a madrugada, para chegar até nós? Com o cabo do seu relho encostado nos aros de uma das rodas de sua charrete! De onde será que vem o nosso pão? De que ser, de que espécie de ser, se origina o infinitésimo que cada um de nós é,  o que dentro dele está, o que dentro dele se cria? Qual será a nossa origem? Qual será a origem dos de origem portuguesa, dos de origem africana, dos de origem inglesa, dos de origem russa, dos de origem árabe, dos de origem judaica? De que espécie de ser somos o produto de sua inteligência, de sua imaginação, a partir do que nele mesmo se cria?
O que será que chega a ser para esse ser um de seus infinitésimos?
O produto de sua imaginação em movimento!
A criação em movimento!