Algumas ideias minhas para a cidade de Porto Alegre e para o país
Há uma série de coisas que me vieram à mente e que se eu tivesse meios econômicos e físicos, condições de saúde, força e vigor eu gostaria de fazer. Eu não gosto das praias de mar aqui do Rio Grande do Sul. Para mim uma desolação só. Areia e mais areia, um cheiro e um gosto de sal no ar, um mar bravio e imenso e nenhuma vegetação! Gosto mais da água doce dos nossos rios. Essas margens do Rio Guaiba, em Porto Alegre, poderiam ficar mais agradáveis, no verão, que Copacabana e Ipanema no Rio de Janeiro e Garopaba em Santa Catarina. Encomendar à Fundação Zoo Botânica um estudo sobre o que existe de melhor na vegetação ribeirinha aqui do Sul para alimentar peixes. O que melhor e mais os alimenta. E encher as margens do Guaiba dessa vegetação. Multiplicar o alimento dos peixes. E fazer com que passem a viver em água límpida. Até o rio Tietê voltaria a ser um curso de água límpida se se parasse de despejar o que nele é despejado. Se uma indústria qualquer se dispusesse poderia fabricar um equipamento caseiro, barato, para esterilizar e desidratar as excreções humanas e até dos seus pets. O que agora é coletado de todos através de canalizações subterrâneas e despejado nas águas dos rio. Ao longo de todo o seu curso! Se esse equipamento fosse construído seria um começo para fazer com que se deixe de usar os rios como valas de esgoto. Com um equipamento bem simples e barato cada pessoa poderia deixar de despejar suas excreções na água de todos os outros e ao mesmo tempo passar a ser um fertilizador dos solos do planeta Terra! Ainda assim restariam as fábricas, as indústrias todas a despejar os resíduos de seus processos industriais nas águas que as pessoas bebem e com que preparam o seu alimento. E além disso, esse pozinho que se teria do cocô e do xixi esterilizado e desidratado, poderia ser coletado de todos e levado para as áreas de cultivo de alimento. Para enriquecer os solos. Para alimentar a terra. Para se ter alimento cada vez mais rico em nutrientes. Para reverter um processo de contínuo empobrecimento dos solos, com alimento cada vez mais pobre em nutrientes, doente e envenenado brotando deles. E agora, ainda, o grau de conhecimento que o homem alcançou, está levando as pessoas a comerem, depois de alimento com inseticida, inseticida com nutrientes. Pois fazendo isso, diminui a despesa com inseticidas, diminui a perda provocada por insetos, torna a prática agrícola mais rentável para aqueles que a praticam.
Voltando à Porto Alegre! Se poderia ter uma vegetação exuberante em ambas as margens ao longo do rio. Um contínuo cair de pólen, frutinhas e insetos para alimento dos peixes. Se poderiam construir trapiches de madeira entre a vegetação, em alguns lugares. Com canoas à disposição dos que quiserem remar um pouco no rio. E também para aqueles que quisessem pescar um pouco. Lambarís, Cascudos, Traíras. Fresquinhos, com um cheiro bom, para fritar na banha ou no óleo de côco e serem comidos com pão fresquinho e uma xícara de café, quem sabe! Na hora que se bem quiser! Se poderia, também, contratar mergulhadores para nivelarem o fundo do rio em sua beira. Acabarem com os buracos que passaram a existir com a dragagem do rio, para ninguém se afogar caindo em algum deles entrando na água e, enfim, as pessoas poderiam voltar a curtir, descansar às suas margens, levar as crianças para brincarem em sua beira. Se bem que caixa-d'água também não é lugar de se tomar banho. Devolver o rio para a cidade. Um fluir de água límpida ao longo do tempo para convívio e não uma vala de esgoto.
Eu também gostava de jogar futebol até certa idade. Ou de correr atrás da bola, melhor dizendo. No meu bairro, haviam diversos lugares, terrenos baldios, não ocupados por habitações, por ninguém, e cada um deles virava nos fins de semana um campinho de futebol. Em volta aqui da minha casa, contando assim, acho que uns oito. Todos eles deram lugar à habitações para pessoas que vieram do interior. Casas e mais casas. Hoje em dia, e já há muito tempo, não há um único campinho de futebol. Do que as crianças brincam, o que os adolescentes e os adultos nesses lugares todos fazem nos fins de semana? Eu pensei que, sei lá, a Prefeitura poderia organizar campeonatos de futebol entre as vilas e e entre os bairros e entre vilas e bairros. Como quisessem! Eu procurei no meu celular a informação do preço de um ônibus urbano e encontrei o valor de entre R$ 150.000,00 e R$ 200.000,00. Dez custariam 2 milhões de reais. Dez motoristas, cada um deles com um salário igual a 3 mínimos, digamos, custariam à Prefeitura R$ 36.000,00+ R$ 3.000,00 de 13º salário e +R$ 3.900,00 referentes à 10% para a Previdência, R$ 42.900,00 cada um e R$ 429.000,00 de despesa anual em salários de 10 motoristas, digamos. Mais a despesa em salários com 1 ou 2 mecânicos e mais o gasto com combustível . Se cada ônibus rodar 100 km por dia, com um consumo de O,4 litros de diesel por km consumiria 40 litros de diesel por dia. Dez consumiriam 400 litros por dia e ao ano 146.000 litros de diesel o que daria, a R$ 3,80 por litro, uma despesa anual com combustível de R$ 554.800,00. A Prefeitura não poderia manter uma frota de 10 ônibus, para levar crianças, adolescentes e adultos das vilas da cidade para lugares ao redor da cidade, onde seja possível se fazer um campinho, com um gramado, goleiras, goleiras com rede imaginem, banheiro, um vestiário e até quem sabe um espaço para torcida? Não seria uma despesa astronômica. Nos fins de semana. Durante a semana poderiam levar as crianças das suas escolas para o espaço existente no bairro Menino Deus, onde poderiam ser construídas piscinas térmicas, para as crianças de todas as vilas aprenderem a nadar, praticarem natação. E basquete, e vôlei, ginástica, atletismo. O que quiserem. Socializar, digamos, as crianças.
Aos 13 ou 14 anos eu fiz um curso de eletrônica por correspondência. Por menos que se chegue a aprender nunca se torna algo inútil, sem serventia, desnecessário. Um curso por correspondência está em torno de R$ 250,00 hoje em dia, dependendo de qual seja. Se pode disponibilizar nas escolas ou nas próprias vilas da cidade, cursos desse tipo. para aqueles que quiserem, se interessarem por alguma coisa além do que lhes ensinam nas escolas. Adquirir um saber que vai lhes ser útil na vida, lhes servir de ganha-pão ou tornar possível fazerem para si, coisas que, sei lá, que teriam que recorrer a outros para lhes ser feito: mecânica de automóveis, instalações elétricas e hidráulicas, secretariado, padeiro, confeiteiro, serigrafia, costureira, informática, conserto de computadores, celulares, televisores.
Há ainda uma outra coisa que prefeituras, governos estaduais poderiam fazer. E o governo federal poderia fazer. Investir nas pessoas da população. Nas pessoas, ou na parte da população que não se desenvolveu ou muito pouco se desenvolveu com o progresso e o desenvolvimento que houve no país mas que trouxe uma melhora na qualidade de vida apenas para uma pequena parte da população. Tendo uma parte da população se desenvolvido, usar o que esse desenvolvimento trouxe para o governo na forma de dinheiro de impostos para desenvolver o restante da população. Investir nas ideias, nos sonhos e na vontade de trabalhar, de produzir alguma coisa, das pessoas da população sem recursos econômicos para investirem nos seus sonhos e nas suas ideias. Um investimento de risco. Sem necessidade da posse de algum bem imóvel que sirva de garantia para um retorno do dinheiro investido caso a ideia não dê certo. Os recursos ou o dinheiro que um governo tenha não devem ser administrados da mesma forma que em um banco privado. Em que há cobrança de juros, ou seja, um lucro sobre o capital investido. O dinheiro de volta e mais um pouco. Para um governo, o lucro que deve esperar do seu dinheiro, é o que esse dinheiro vai trazer em melhoria de vida para a população como um todo. E o lucro em dinheiro viria não do juro cobrado daquele a quem emprestou dinheiro ou em quem investiu mas em um aumento da arrecadação de impostos em função da riqueza gerada para a população com o seu dinheiro.
Se há desemprego, se meios para as pessoas se manterem não estarem sendo disponibilizados na indústria e no comércio, caberia ao governo, a meu ver, essa tarefa. É a própria razão e a necessidade de um governo: não existir nas cidades, no estado e no país, uma grande quantidade de pessoas vivendo na mais extrema pobreza, sem meios lhes sendo oferecidos, disponibilizados, para se manterem de uma forma honesta, decente, digna.
Quer trabalhar, se manter? Dar os meios. Os meios continuam sendo do governo. Os ganhos com o trabalho, daquele que trabalhar! Um espaço com ferramentas. Para diversas finalidades. Um espaço com um determinado estoque, digamos, disponibilizado! Investir nos sonhos e nas ideias de sua população! Um governo pode ter uma determinada quantidade de terras, de áreas para práticas agrícolas. Não para reforma agrária ou seja, pura e simples distribuição ou doação de terras. Mas para parcerias também no campo. O Estado, ou o Governo, como agente regulador da economia.
Da mesma forma: quer trabalhar, quer se manter através de trabalho? Dar os meios. O que for gerado por trabalho, daquele que trabalhou. Os meios cedidos continuam sendo do governo. Aquele que trabalhou, se quiser, através do que obteve de renda com o seu trabalho poderia comprar do governo os meios que o governo lhe cedeu. Não seria possível, não seria viável?
Eu acho que não se deve investir o dinheiro dos impostos, na parte da população que já é rica, esperando que o desenvolvimento da outra parte da população ocorra em consequência de um aumento da riqueza daquela que já está rica, ou seja, transferir riqueza existente para aqueles que a tem de sobra esperando que isso melhore a vida daqueles que nada tem. Ou que haja aumento de oferta de empregos pela transferência de riqueza para aqueles que já a tem, que isso gere aumento de produção, ou que haja necessidade do aumento de produção de alguma coisa fazendo dos ricos pessoas ainda mais ricas por cessão de dinheiro público para essas pessoas. Eu acho que o dinheiro que um governo chegue a ter, gerado por impostos, deve investi-lo nos sonhos e nos projetos pessoais daqueles que tem sonhos e projetos mas não recursos econômicos para tentar realiza-los.
Há, segundo consta, uma grande quantidade de pessoas no país, praticamente analfabetas, sem um pedaço de terra para plantar alguma coisa que lhe sirva de alimento e sem algum meio para se manter através de trabalho lhe sendo oferecida. Hoje em dia se sabe que há uma série de nutrientes que, sendo ingeridos, otimizam funções cerebrais, restauram funções cerebrais e que ingeridos por mulheres grávidas promovem um desenvolvimento melhor do feto, de um novo ser sendo gerado no útero de uma mulher. Um governo poderia muito bem, sem altos custos, alimentar todas as mulheres que não possuem meios para dar à si próprias uma nutrição com o que de melhor existe para um desenvolvimento ótimo do que nelas está se desenvolvendo. E depois das crianças nascidas continuar a alimentá-las, da mesma forma, com o que existir de melhor para que melhor se desenvolvam. E dar-lhes também saber ou a oportunidade de adquirirem saber. E se, ao fim do seu processo de crescimento e educação, não houverem meios sendo oferecidos pela indústria ou pelo comercio para que vivam, para que trabalhem, que ofereça ou disponibilize o governo. Quer trabalhar? Dou os meios. Os meios continuam meus. O que tu conseguires com o teu trabalho será teu. Parcerias no campo e nas cidades. Se teria, a partir de todas essas mulheres pobres, miseráveis, uma geração de jovens sadios, inteligentes, cultos e com meios para exercitarem sua inteligência, suas habilidades. Para terem uma vida com saúde e bem-estar.
Há também, hoje em dia, uma série de tratamentos novos, específicos na área da saúde. A ideia de que, ou a noção de que uma série de doenças são causadas por deficiências de substâncias no organismo, que são necessárias para que diversas funções biológicas se realizem, se tornem possíveis. Deficiências causadas por uma nutrição que é pobre, insuficiente no que o organismo precisa e também porque muitas das substâncias que são necessárias nos processos bioquímicos do organismo são produzidas pelo próprio organismo e com o passar dos anos sua produção vai diminuindo. A ideia de se curar uma determinada doença fornecendo ao organismo coisas que não são estranhas as organismo, coisas que o próprio organismo produz e coisas das quais naturalmente se utiliza via nutrição nos seu processos bioquímicos. A ideia de se curar doenças através de mudança de hábitos alimentares, através de dietas específicas e através de suplementação, já que o alimento que é oferecido à população é cada vez mais pobre em nutrientes além de ser vendido com porções de veneno junto. Se poderia fazer dessas ideias uma prática de saúde em relação à população pobre do país, que depende dos serviços de saúde do Estado, do Governo. Hospitais, clínicas, ambulatórios em que cegueira e amputações deixem de fazer parte da vida de pessoas diabéticas já que ao que parece pode ser curada através de dietas específicas e mudanças de hábito alimentares. A ideia de que se o carbo-hidrato é usado no organismo para obtenção de energia para o organismo e de que que é preciso insulina produzida pelo pâncreas para que a energia seja obtida do carbo-hidrato e de que a deficiência de insulina provoca um acúmulo de glicose no sangue, o que leva à cegueira e à amputações, e de que o organismo pode obter energia do lipídeo sem que haja necessidade de insulina, não havendo nesse processo acúmulo de glicose no sangue e que um organismo com deficiência na produção de insulina pode muito bem viver normalmente sem ter cegueira, amputações e morte como perspectiva. E também no caso do câncer em que diversas formas de tratamento alternativo estão sendo criados e até complementares aos tradicionais para que a quimioterapia ocorra em proporções menores, com menos sofrimento para os pacientes, em um processo, ou tentativa de cura. Se pode, a meu ver, fazer com que esse conhecimento atual seja incorporado ao sistema de tratamento médico oferecido pelo Governo à sua população.
E também a ideia de que há uma série de problemas no país, que as pessoas gostariam de verem resolvidos, de viverem todos em paz e com saúde , e que, exatamente, querem, esperam que esses problemas sejam resolvidos por algo que é chamado de governo. Que é o que se quer e se espera de algo que é chamado de governo. E que as pessoas até se prontificam a pagar salários para aqueles que se colocam como governo. Algo em torno de 600 pessoas, cada uma com um salário básico em torno, talvez, de R$ 30.000,00 e com cada um desses 600 tendo direito à 60 atrelados a cada um deles, recebendo da mesma forma altos salários. E o que é dado à população em troca desse dinheiro todo( R$ 10 bilhões ao ano aproximadamente) em termos de benefícios para a população, para o país? O que fazem além de se ocuparem de obter o que é possível obter nesses cargos através de ilicitudes e de se ocuparem em fazer alianças entre eles mesmos de forma que os cargos que ocupam e o que obtém nesses cargos seja mantido, se mantenha pelo maior tempo possível? O que fazem além de tratar dos próprios e escusos interesses? Coisa que querem que seja mantida no país a pretexto de que os que se dedicam a isso são escolhidos pela população, em um processo democrático. Eu acho que, então, como autênticos democratas, não se importariam e até ajudariam no que fosse possível para que se chegue a um processo democrático ainda mais perfeito, ampliando o Congresso, fazendo com que o Congresso seja constituído por 147 milhões de brasileiros aptos a votar, aprovando ou desaprovando intenções de um governo , de seus governantes. A responsabilidade pelo destino do país passando a ser de todos, de cada um. O povo realmente responsável e participante do seu destino. E não se importariam de continuarem a fazer parte de um Congresso, não de 600 mas de147 milhões de brasileiros e sem receberem salários para isso.
Quando, da declaração de independência do que era a Colônia Inglesa nas Américas, quando se estabeleceu a forma de governo que hoje se tem como modelo para a maioria dos povos democráticos do planeta, não seria possível a existência de um Congresso formado por toda a população do país em questão. Não seria possível. O Congresso teria que ser formado por uma pequena parcela de pessoas de cada Estado, de porções específicas do país. Naquela época não seria possível mas hoje em dia é. Um governo democrático, um Estado democrático passa a poder ser estruturado de outra forma. As relações entre as pessoas que se oferecem para administrar o país, administrar o que é recolhido na forma de impostos, estabelecer critérios e planejar o país, passam a poder ser estruturadas de outra forma. As coisas passam a poder ser discutidas diretamente com o povo. Você é a favor disso? Você é a favor daquilo? Qual a sua opinião a respeito disso ou daquilo? O "legislar" pode muito bem ser feito de tempos em tempos por um conjunto de juristas que poderiam ser escolhidos por diversos segmentos da população. E a elaboração de medidas de âmbito econômico podem e ou devem ser feitas pelos ministérios da Fazenda, Economia e Planejamento. E se pode e se deve fazer com que haja uma completa transparência nas atividades dos ministérios. Permitir, tornar obrigatório o livre acesso a todas as informações de âmbito econômico em todos os setores do governo. Em tempos de paz, sem necessidade de segredo em planejamentos militares, não há razão para que se esconda coisas da população. Não se deve permitir que a existência de ilicitudes, de desonestidades, na administração pública, em um governo, possa ser escondida da população, de alguma forma.