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Movido a Sol
No que consiste, será, a minha consciência? No que eu consisto? Um feto de 2 meses, com 1,79m de altura, 80kg, talvez, de peso, 67 anos de idade, com um cérebro morto e pulmões podres? No que consiste o que ainda consigo sentir e pensar? O que é que será que há no âmago, no interior de um próton, de um nêutron e de um elétron, para que em uma associação, interação, integração e articulação disso que neles há, a luz e o calor, a energia, se transforme em pensamentos, em lembranças, em sentimentos, se transforme no que eu ainda chego a sentir, a pensar, se transforme em mim? Que no meu organismo, em que todas as moléculas que o formam são unidas, se mantém unidas, pela luz e pelo calor do Sol, ainda está vivo!
Olho para o Sol e penso! Quanta energia é liberada pelo Sol a cada instante? Quanta energia é irradiada para todo o espaço infinito que o rodeia? Se eu somar a energia que é no Sol liberada a cada instante, durante bilhões de anos, somar com a energia liberada por mais uma centena de bilhões de estrelas da Via Láctea durante bilhões de anos, somar com a energia liberada pelas centenas de bilhões de estrelas das outras bilhões de galáxias, a quantidade de energia que eu chegaria a ter como resultado do meu cálculo? E se eu comparasse essa quantidade de energia com a quantidade de energia que em mim, se transforma no que eu ainda chego a pensar e a sentir, e que se transforma em mim? De que espécie de organismo essa quantidade de energia poderia fazer parte do corpo estar contida no corpo e ser posta fora de tempos em tempos, sem que isso lhe cause a morte? Como algo que não lhe é necessário para viver, para existir!. Como algo que não é seu alimento! De que espécie de organismo, eu, átomo, infinitésimo, me origino? O produto da imaginação de que espécie de ser eu sou?