Se no planeta todo, em tudo que nos rodeia e em cada um de nós apenas prótons, nêutrons e elétrons eu chego a pensar, imaginem, que tudo o que existe é apenas o resultado do que está contido em um único próton, em um único elétron. E tendo lido que nas estrelas os nêutrons dão origem, se desfazem em um próton e em um elétron eu chego a pensar que tudo que existe, imaginem é resultado do que está contido em um único nêutron.

E assim observando a molécula que me dá origem, o meu DNA, em que uma quantidade gigantesca de átomos se junta determinando a formação do meu organismo eu chego a pensar que mesmo que eu seja o resultado, apenas, do que está em um único nêutron, que um átomo não se ligaria a outro e a outro e a outro para juntos formarem uma molécula que estabeleceria para a célula da qual fosse o núcleo  uma determinada função biológica, bioquímica. E que outros átomos da mesma forma se uniriam para estabelecer para uma outra célula da qual fossem o núcleo uma outra função biológica. E assim continuadamente até que juntas todas as moléculas formadas dariam origem ao meu DNA, ou ao DNA de qualquer outro organismo, dando origem a uma molécula que em um meio nutritivo adequado, se mantido nesse meio por nove meses, com um contínuo fornecimento de nutrientes daria origem a um organismo dotado de capacidade de mover-se, e de capacidade de ver, ouvir, sentir, com capacidade de raciocínio e memória  e em que tudo isso existiria em função de uma dessas frações de DNA, em função de uma molécula! Que uma molécula passasse a ver, ouvir, falar e sentir, que átomos se juntarem uns aos outros para darem a si próprios essa capacidade não é uma coisa que poderia acontecer. Por iniciativa própria dos átomos, por acaso, como fruto do acaso ou de um determinismo biológico próprio de cada átomo, apenas, não é algo que poderia acontecer! Chego a pensar que algo assim só poderia ter acontecido por ação de uma inteligência externa ao átomo! Com um conhecimento absoluto do que está contido no interior de cada ´partícula do átomo! E chego a pensar que , imaginem,  tudo o que existe, todo o resultado possível do que está contido em um único nêutron ser um exercício de imaginação e criatividade desse ser. Eu, realmente não compreendo certas noções do que existe, do que é expresso em livros, em textos escritos. Do universo que existe se originar de uma explosão e de isso acontecer de uma forma cíclica, contínua. Da expansão gerada pela explosão um dia se transformar em um movimento inverso, tudo voltar a seu ponto inicial e novamente explodir e assim sucessivamente, continuadamente. Eu, realmente não sei o que é energia, a luz e o calor, vejo , sinto, mas não imagino, não consigo compreender. O que ilumina e aquece, alimenta mas também pode matar, destruir, desfazer. Não consigo compreender o que é isso em que se transforma, nas forças físicas em que se transforma para poder mover, e o que há em nós, no interior dos nossos átomos em que essa luz e esse calor se transformam em nós, em nossos pensamentos e no que sentimos. Não consigo compreender porque essa energia toda que é emitida para o espaço e que em tudo se transforma em forças, para unir e ao mesmo tempo para gerar movimento seja algo que não se esgote nesse esforço, não deixe de existir ao gerar movimento ou união, coesão, ou em nós. Afinal, em cada um de nós, todos os dia é preciso repor essa energia, a do Sol mesmo, a mesma que está também no interior de cada uma das partículas de que nós somos feitos. A que se transforma em forças em nossas células, a que mantém as forças de coesão, união, em todas as partículas do nosso corpo, a que mantém as forças de coesão entre as partículas dessa molécula que em cada um de nós diz ... eu! Eu chego a pensar, imaginem,  que esse nêutron do qual tudo resulta se cria no corpo desse ser que com sua inteligência e criatividade se deu ao trabalho de em um tempo infinito e em um espaço infinito dar para um de seus infinitésimos, para todos os infinitésimos que em seu corpo se criam a capacidade de ver, ouvir e sentir o que neles mesmos está contido e em todas as formas de se manifestar. Afinal, haveria algum parentesco entre prótons, nêutrons e elétrons, se são todos iguais, em todo nós, em tudo o que existe? Haveria qual grau de parentesco entre o nêutron que em nós vê e sente e o que está em um pedregulho, aprisionado? Haveria qual grau de parentesco entre nós, infinitésimos, e o ser em cujo corpo nos criamos, a talvez bilhões de anos atrás. Chego a pensar, imaginem, que sendo essa energia toda irradiada por todas as estrelas apenas algo que em nós se transforma em nós, que a gente dependeria desse ser para continuar a existir. Da energia desse ser. Que ao que parece, se entendi direito a mensagem, é algo que não lhe faz falta, tem de sobra, não é algo, nele, que implicaria em sua morte se ficasse sem . Ou de outra forma, que é algo nele , inesgotável!

Realmente, não sei! Sendo para mim força apenas algo em que a energia se transforma e deixa de existir a cada instante nesse processo e sendo as forças físicas existentes nas partículas, para mim, apenas energia deixando de existir a cada instante ao se transformar em forças, não consigo compreender raciocínios em que essa relação energia-força acontece de uma outra forma! Não consigo compreender a ideia de que um colapso de energia ou um decréscimo de energia implicaria em aumento da intensidade de uma força!