Um nêutron apesar de se criar no corpo de um ser eterno, infinito, e apesar de poder ser algo eterno, não o poderia ser por si só! Sei lá! O corpo do nêutron talvez até seja algo eterno mas a sua alma, o que é gerado no seu interior não, pois o que é gerado no seu interior do qual a alma de todos nós resulta é apenas algo em que a luz e o calor, a energia, se transforma. Dependeria do ser do qual se origina para lhe fornecer energia, que é o seu alimento e que em si se transforma em forças, as forças da vida e as forças que movem a vida! Sendo esse universo que nos é visível constituído de nêutrons e de partículas que dele se originam e esse planeta apenas todo o resultado possível do que está contido em um único nêutron, todas as complexas estruturas psíquicas, todos os sentimentos, tudo o que em nó9s vive e em cada um de nós diz eu, qual seria na opinião de vocês a importância de vocês para esse ser do qual vocês são o produto da sua imaginação em movimento, resultado do que em um infinitésimo seu está contido? Um nêutron e o que pode resultar do que nele está contido, o que pode resultar do que está contido em um infinitésimo seu através da sua imaginação, qual importância teria na opinião de vocês para esse ser, qual a importância de um nêutron, que um nêutron chegaria a ter, em um infinito nada? Qual na opinião de vocês chega a ter a existência de vocês, finalidade, razão de existir? Esse ser, do qual vocês resultam, precisaria de um nêutron seu, de um infinitésimo seu ou do nele estar contido possa resultar, por sua vontade, precisaria para alguma coisa?
Um dia, que ainda virá, quando toda essa energia se esgotar, vocês terão que pedir comida para esse ser, comida, comida, energia, se quiserem permanecer vivos! A troco de que esse ser lhes daria comida? Que finalidade poderia ter para esse ser a existência de vocês? Porque razão lhes daria comida? Por acaso vocês seriam produto de imaginação que se apresente? O que vocês fizeram desse planeta, do que lhes foi dado, por acaso, é algo que se possa apresentar como produto de algo que se chame de inteligência, como produto de inteligência de um ser racional? Seriam vocês, por acaso, espécie dominante que se apresente? Vocês, como espécie dominante desse planeta, do que não é de vocês, do que lhes foi dado para viver, o que vocês fizeram mesmo? De vocês mesmos e uns dos outros o que vocês fizeram e fazem? De tudo o que existia de vivo, de tudo o que foi criado, o que sobrou, mesmo? O que vocês devoram em meio a asfalto?, concreto, alumínio e acrílico, as margens de valas de esgoto?, cercados de lixo por todos os lados?, em orgias regadas a álcool, canabis e pó?, no caralho de um enfiado na boca de outro?, onde encontram o se maior prazer?, em uma terra envenenada e estéril?, é, não?, o que de tudo que havia restou, ou no que tudo o que havia se transformou!