14 Feb

Certa vez eu embarquei em um ônibus grafitado, algo que eu considerei na época psicodélico, um termo usado naquela época, adolescente zumbi das catacumbas, época de sexo, drogas e rock! Muitos anos depois, e depois de tantas pedradas, olhando na tv um documentário sobre a segunda guerra mundial, a  respeito do extermínio de judeus pelos nazistas, qual a minha surpresa quando avistei um ônibus, um ônibus grafitado, o mesmo em que eu embarquei! Vultos fumando e bebendo pintados nas janelas dos vidros! Levavam neles os judeus para passear, com o cano do escapamento voltado para dentro do ônibus! As pessoas dentro do ônibus morriam asfixiados pelo monóxido de carbono resultante da queima de gasolina! Poxa! O mesmo ônibus! Mas o motorista outro! O motorista, a elite pensante do planeta! E em outro, mas que vi em um filme há pouco , eu não lembro  direito o título, mas algo como a Rainha do Deserto, sobre homossexualismo! Não será outro ônibus, com o mesmo motorista, com a mesma finalidade, para todos os patetas da vida, para todos que têm no referente afetivo da sola de sapato grudada na cara, esfregada na alma, o seu afeto?

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