Em algum lugar de um espaço infinito, entre galáxias separadas umas das outra por distâncias imensas, em uma delas, em um pequeno planeta que orbita uma de suas bilhões de estrelas, são cinco horas da manhã! Amanhece! E lá embaixo do morro, lá embaixo do morro há um rio! Há um rio neste pequeno planeta! Para que eu nele sacie minha sede, para que eu tire dele meu alimento! Para que tire dele o frescor das manhãs transformada em alimento e com ele encha minha alma, encha minha alma de lambari!
Ah, que vontade de comer lambari frito, fresquinho, recém tirado do rio, com pão feito em casa e uma xícara de café quente!
Vamos fazer com que o rio volte a ser um curso de água limpa cheio de vida?
Vamos deixar de despejar nele os nossos pinicos?
Vocês nunca pensaram em plantar nas margens dos rios aquilo que melhor serve de alimento para os peixes! Em multiplicar nas margens dos rios o que para os peixes lhes dá alimento?
Vocês nunca pensaram em multiplicar nas matas o que para as outras espécies, para a nossa fauna, é alimento?
Vocês nunca pensaram em cultivar na vida o que na vida faz viver?