29 Sep

Em 1980 eu vi um filme norte americano que falava de uma criança que não tinha um comportamento igual ao de outras! Passava o dia brincando com um prato! O rodava e o rodavam como se fosse um pião! Os pais pensaram em deixar a criança em um lugar para crianças com dificuldade em se desenvolver mas desistiram quando viram que lá havia crianças batendo com a cabeça nas paredes! O filme terminava com a criança  levando um balão inflado, desses de festa ,  e o dando para uma outra, de idade bem maior, sentado ao lado de uma freira!

E eu pensei! Seria eu tão fraco que se eu pegasse o balão, se eu o segurasse com  a mão, ele me levaria junto consigo!

Se alguém nasce extremamente fraco e atrofiado mentalmente e se imagina que quando chegar a idade adulta só teria mendicância ou prostituição para viver, se quisesse, o que lhe seria oferecido, obviamente tem que se matar , ao nascer, por que não é coisa para se viver, é coisa que se morre para não viver!

E aí? E se eu respirasse gás de merda ao invés de oxigênio? O que aconteceria comigo?

Por que a coisa assim estruturada? Em fábrica de criminosos? Em fábrica de desgraça? Das pessoas viverem em função do exercício de inteligência de alguns, de haver gente precisando de empregados e de se estar capacitado , em força e ou inteligência para esse trabalho e em uma competição nesse sentido, por trabalho para poder viver! Se não existir gente precisando de empregados ou se não tiveres a força exigida ou a inteligência exigida para o trabalho existente obrigado a se tornar criminoso em relação a si ou em relação aos outros ou  viver da caridade alheia se quiser viver!

Em um país que permite a livre iniciativa ser empregado de um ou de outro não é a única opção, não é o único meio que se tem para ter uma vida decente! Mesmo não tendo a força necessária ou a inteligência necessária ou a rapidez necessária para trabalhar para outro eu acho que alguém a serviço de si mesmo pode muito bem ser útil, fazer coisas úteis para si e para os outros e ....viver! Mesmo sendo assim alguém como eu, mentalmente em uma ante sala do necrotério, com um atestado de óbito mental e um laudo de necropsia nas mãos, esperando apenas o coração parar de bater!

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