Em um livro de Castanheda, que eu li em 1975, que me foi dado para ler em 1975, um dos personagens , Don Juan, diz para o seu "discípulo" que o mescal é algo que se toma, se ingere uma vez só na vida, não se volta a consumir, ou algo assim! Uma pessoa inteligente e culta que ingira mescalina ou LSD deduz que o alucinante que vê, sente e ouve, o bem diferente do que tem em sua cabeça normalmente é o que tem de vivo dentro de si se indo embora e não volta a consumir pois deduz ao que levaria se consumisse de novo! Mas aquele que é inteligente e culto, mas assassino, deixa de tomar mas oferece para o outro dizendo que "um novo mundo se abre diante de ti, uma nova forma de ver as coisas se passa a ter"! O observador externo vê que aquilo que o que você curte quando toma a droga , o alucinante que faz você querer voltar a consumir e consumir indefinidamente, vê , na sua cara, que o que você está curtindo é algo que vai sumindo do teu rosto, do teu cérebro, pouco a pouco, o que tem de vivo dentro de ti se indo embora!
É algo que pode ser compreendido de uma forma bem simples talvez! De haver no nosso cérebro uma chavezinha, dessas tipo 110V/220V, que ainda há em alguns eletrodomésticos, mas que no nosso cérebro faz passar o cérebro do modo assimilação para o modo desassimilação! Algo relacionado ao que é processo de vida e ao que é processo de morte em nós! Relacionado a associação, integração e interação psíquicas e ao contrário disso, à dissociação, desintegração, e despersonalização psíquicas! Antes do uso de drogas se tornar epidemia os hospícios estavam lotados de pessoas em que essa chavezinha estava ligada no modo desassimilação , assim, sem a ingestão de alguma droga! Algo que era curtido sem a necessidade da ingestão de LSD ou mescalina! Vidrados , em estupor, assistindo ao que se passa em seu cérebro! Você está assistindo a novela "O que tem de vivo dentro de ti se indo embora" ! Sem se dar conta disso, em algo assim como uma diarreia psíquica!