12 Nov

Sei lá! Como se a tribo nômade do deserto e a tribo saqueadora do deserto fossem, e são, apenas o que resulta do que existe de vivo em um único grão de areia de um deserto! E indo mais fundo ainda, o que resulta do que está contido em algo que é preciso juntar centenas de bilhões para se ter um grão de areia! Do que está contido em um único próton, em um único nêutron, em um único elétron!

Há algo em nós, em tudo o que nos rodeia, em todo esse planeta, e nesse universo que nos é visível, algo além de prótons, nêutrons, elétrons? O que existe de vivo em nós, em cada um de nós, poderia ser alguma outra coisa do que resultado do que em prótons, nêutrons e elétrons possa haver de vivo? Pois as forças da vida , da mesma forma que as forças físicas, se originam do interior de três infinitésimos básicos! Independentemente de idade de organismo todos nós resultamos de algo que tem a mesma idade, uns 10 bilhões de anos, não parece né, todos esbanjando vitalidade! E além disso, haveria alguma diferença entre os prótons, nêutrons e elétrons existentes? E além disso todos nós brotamos de uma mesma fonte! De dentro de um único próton, de um único nêutron e de um único elétron! As excelentíssimas das excelentíssimas das excelentíssimas excelências e os que mendigam e os que se prostituem e os que roubam e os que matam!

Enfim, sou o resultado imperfeito e defeituoso do que está contido em um único infinitésimo de um Ser eterno, infinito ! De um Ser em que esse oceano de infinitésimos se cria, de um Ser em que a energia emitida por bilhões de anos por todos as estrelas se cria e as forças da vida contidas em todos os infinitésimos de centenas de bilhões de galáxias , em cada uma das centenas de bilhões de estrelas contidas em cada uma delas! Algo concedido a algo que em si se cria e que contém algo de si, apesar de apenas, infinitésimo!

Porque, assim, sendo eu um Fusca a se mover nesse Universo infinito, e com um tanque de gasolina como fonte de energia, mesmo sendo eu um Fusca, acho que não existo apenas como fruto de um  determinismo de forças mecânicas existentes nos átomos, assim, por si mesmas, ao acaso!

Por que será que cada um de nós um dia abre os olhos e se dá conta de estar vivo?

Por que chegamos a existir?

Por que, presumo eu, é propriedade de um átomo, assim como é a força de atração da matéria pela matéria, a força elétrica e a magnética, dar origem ao que em cada um de nós, vê, sente, e diz "eu"!

Quanto tempo será que existiu, nesse infinito espaço, antes de cada um de nós um dia ter aberto os olhos, ao nascer, e ter passado a ver e a sentir e a pensar?

Existiu antes desse abrir dos olhos de cada um de nós, ao nascer, um tempo infinito! Um tempo tão grande mas tão grande, que qualquer grandeza ou quantidade diferente de infinito é em relação à ele infinitésimo!

Pelo que eu deduzo somos uma fração de DNA, e em todos nós a mesma fração, que passa a estar ligada, ao nascer, ao término do processo de formação de um novo organismo, à olhos, ouvidos, áreas de memória e raciocínio, à braços e mãos e dedos , a pernas e pés! À pulmões, à boca, à nariz, à língua! Respira! Parla, vivente!

Sei lá, eu não consigo compreender direito! Se eu fizesse uma cópia idêntica de mim mesmo, seria eu que estaria alí naquele corpo a ver e sentir e pensar mas ao mesmo tempo não seria eu porque eu estou no meu corpo e não no outro! Assim como em irmãos gêmeos! A mesma alma em dois corpos distintos!

Como se todas as vidas, ou como se as vidas de todas as pessoas fossem todas as vidas de uma pessoa só! Ou todas as vidas de uma mesma fração de DNA! Como se não houvesse propriamente morte para cada um de nós mas um continuo nascer para uma nova vida para cada um de nós, para todos!

Todas as vidas possíveis para o que está contido em um grão de areia,....... de um deserto!........Em um deserto?

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