Ainda, e a cada dia, a cada fim de dia, contemplo o horizonte vermelho, com uma lança nas mãos e indago:
De quem eu sou o resultado de um infinitésimo seu?
De quem eu sou o resultado do que está contido em um próton e em um nêutron e em um elétron?
De que algo infinito e eterno eu sou o resultado de um seu infinitésimo?
De quem eu sou o produto de sua inteligência e imaginação?
De quem será tudo o que existe de vivo nesse planeta, tudo o que se chega a sentir, tudo o que se chega a ver e ouvir, tudo o que se chega a pensar e imaginar, toda a complexidade existente em tudo e a riqueza toda da vida em si e de quem será que tudo isso seja, apenas, o resultado do que está contido em um único infinitésimo seu, um único próton, um único nêutron, um único elétron...a bilhões de anos atrás criados no seu corpo!
A criação em movimento...todo o resultado do que está contido em único infinitésimo seu... em movimento...em um pequeno planeta a orbitar uma estrela...sua fonte de energia, luz, calor!
O planeta Terra a girar em torno do Sol!
Colhendo Sol!