02 Feb

Era uma vez uma pedra! Bem grande! E talvez tenha sido algum dia parte de alguma pedra bem maior! Vivia entre outras pedras ou pedaços de pedras em volta de um pequeno planeta chamado Terra por seus habitantes! Em contínuo movimento,  através dos séculos! E um dia, não sei como ou por que, a posição da Terra em sua órbita em volta do Sol, fez com que, essa pedra, em seu contínuo movimento, tivesse a Terra em seu caminho, atravessasse a atmosfera da Terra, e pelo atrito se desfizesse em chamas, até cair sobre o solo desse planeta, como uma pequena fagulha! Diante dos meus olhos! Quando ainda não havia asfalto sobre as pedras da rua onde moro e nem pedras sobre o seu solo! Em um fim de dia muito distante na minha memória, muito....muito distante! E ficou assim e passou a existir assim em minha memória. e continua viva assim, até hoje em minha memória!

A lembrança de uma pequena fagulha, do que em uma pedra, que se movia em volta da terra, vinda de onde não sei, do que em uma pedra está contido!

E assim  vivo eu, ainda , neste planeta ! Como a lembrança de uma pequena fagulha! Na minha grande família! Formada por todas as estrelas dessa galáxia e de todas as outras galáxias! Formada por todos os planetas existentes nessa galáxia e em todas as outras galáxias! Formada por todos os satélites de planetas existentes nesta e em todas as outras galáxias! Formada por todos os prótons, por todos os nêutrons e por todos os elétrons que nesse universo existam!

Eu, ...próton...nêutron...elétron!

Eu,...infinitésimo..!

Resultado,...imperfeito e defeituoso, ...do que em um infinitésimo está contido!

De quem será que eu sou um infinitésimo que se cria em si? Quem será, ou o que será, o algo infinito e eterno do qual me origino? Por que me teria dado olhos, ouvidos, voz, capacidade de ver e sentir, de pensar?

Neste universo todo,  a exteriorização do que em infinitésimos está contido! A força do que existe, a complexidade do que existe em um, ou dois ou três únicos infinitésimos!

E alguém a me dizer: veja...próton...nêutron...elétron...veja tudo o que está dentro de você mesmo, tudo o que resulta, tudo o que pode resultar do que está dentro de você mesmo, em todas as vidas que chegar a ter ,...que chegar a viver! Todas as formas em que se articula, todas as formas em que se expressa, o que em ti mesmo está contido!

....Em um tempo infinito....em um espaço infinito, ...um infinitésimo,...de algo infinito e eterno, ...através do que lhe foi concedido, pergunta:...quem é você, o que é você, no que consiste o que você é? Não te faz falta a energia somada de todas as estrelas desse universo para assim se desfazer dela?....alguma razão,...algum motivo? Para o ver, sentir e pensar concedido assim, para três infinitésimos em bilhões de vidas?

Por que, assim , depois de um tempo infinito, em um tempo infinito, cada um de nós, um dia ,ao nascer, abre os olhos e pergunta: o que  que eu estou fazendo aqui? como é que eu vim  parar aqui? De onde venho? Qual a razão?

Será?

Para decifrar um enigma?

Qual?....

A cor dos teus olhos!  Sim! O maior de todos os enigmas! E o único que chega a interessar!...Qual a cor dos teus olhos!

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