Não quero na minha casa! Não sai da minha casa! Permite o pau no traseiro e não sai da minha casa! E come e bebe e fuma o que lhe dou para comer e beber e fumar! O que você acha que isso é? A porta está aberta! Não forço a nada! Por que aqui permanece e por que aqui come, aqui fuma e por que aqui bebe?
Por que à 1.300km de casa e em estado mental de se tentar voltar para casa não conseguir mais lá chegar, por que ficaria mais vulnerável a se causar prostituição se saísse do que se ficasse além de ser enterrado em um buraco qualquer! Porque a droguinha que eu quis experimentar pensando que me faria talvez ficar um pouco mais inteligente me fez sumir de mim mesmo aos poucos sem que eu chegasse a compreender isso, sem me dar conta disso! Eu cheguei naquele lugar em 1973 e já era 1975, já haviam se passado quase dois anos! E eu já não atinava nem que se escrevesse uma carta para os meus pais me mandariam algum dinheiro para a passagem de ônibus de volta e já nem conseguiria juntar palavras para justificar e já não conseguiria nem comprar papel e envelope para mandar uma carta pois sentia os olhos de todos voltados para mim a vigiar os meus menores gestos!
Porque ele com que eu tivesse coisas na minha cabeça que eu não me desejo, fez com que eu quisesse me proteger de me causar essas coisas, prostituição e sexo oral, de em função do meu estado mental confundir algo assim com afeto, carinho, e de estupidez , demência, me causar ambas as coisas! E se oferecendo para me fazer o que queria do jeito que fez, me fazendo pensar que a sua intenção não seria me dar comida ou dinheiro em troca, eu pensaria que não estaria me prostituindo permitindo o que ele queria me fazer e me protegeria , permitindo o desrespeito e a agressão, de confundir um desrespeito e uma agressão maior ainda com carinho e de querer alguma coisa dele em troca!
Eu não permiti o que permiti por pensar que receberia comida ou dinheiro em troca e não comia ou bebia ou fumava pensando que estaria pagando a minha despesa com o que permitia em sexo!
Mas eu tinha dinheiro quando lá cheguei, uns 1.300 cruzeiros em notas de cem e esse dinheiro eu gastei em despesas da casa dele autorizadas por ele e em despesa da casa dele a pedido dele! E gastei pensando que fosse alguém honesto, honrado, por ser advogado e poeta, que me devolveria o dinheiro quando pudesse se eu precisasse! Quando o dinheiro terminou passou a me dizer coisas como se não me devesse o dinheiro que eu havia gasto e a dizer coisas como se eu de lá não saia, não voltava para minha casa, por ter alguma intenção desonesta! Uma vez ele me per4guntou se eu não queria voltar para minha casa e eu pego de surpresa balancei a cabeça dizendo que não! Mas fez isso tendo ao lado um rapaz , de lá mesmo daquela cidade que fazia supor lhe prestar favores sexuais! Depois disso eu passei alguns dias tentando lhe dizer que queria voltar para minha casa, que aceitava o dinheiro que ele disse que me emprestaria, mas não saia da minha boca! Esperava algum instante em que conseguisse me aproximar dele e lhe dizer isso mas não conseguia e após alguns dias desisti!
Dele eu não precisaria que comprasse calças para mim, nem do dinheiro dele e nem de comida e nem de caminha quente mas precisaria que devolvesse do dinheirinho que eu tinha uns 150 ou 200 para o ônibus! Ele não fez eu querer me prostituir mas querer me proteger de intenções de prostituição pois obviamente deduziu que se oferecesse comida ou dinheiro não conseguiria me fazer o que queria! Eu não preciso de puto, seu puto, sai daqui cadelinha!!! Mas tendo feito com que eu permitisse pelo motivo contrário e pagando ele a despesa dele com o meu dinheiro, com o dinheiro que me devia ao invés de o devolver! Eu, um sujeitinho procurando homem para viver às custas? Não! Eu , um sujeitinho procurando alguma mulher para viver às custas? Não!
Eu deduzo que se eu tivesse lá morrido e só não morri lá porque ele tentou me causar o que eu havia permitido o pau no traseiro pensando em que com isso me protegeria de confundir algo assim com afeto e não quis mais que ele continuasse a fazer o que me fazia e para isso disse que estava doente e aos trancos e barrancos consegui me aproximar dele e lhe pedir dinheiro emprestado para comprar uma passagem de ônibus de São Paulo para Porto Alegre! E essa passagem de ônibus foi comprada por um amigo dele e além dessa passagem de ônibus um dinheiro foi deixado dentro de um livro e dito para que eu pegasse na hora de ir para a rodoviária embarcar no ônibus! Para que eu fosse a um dentista consertar meus dentes, todos moles em suas gengivas como se eu pudesse tirá-los os puxando com os dedos e para comprar um ranchinho para a minha mãe com o dinheiro! E eu peguei o dinheiro e o contei! Mil cruzeiros em notas de cem! E eu tinha mil e trezentos cruzeiros em notas de cem quando lá cheguei e para mim esse dinheiro era um dinheiro que ele me devia! Devolvia desse jeito para usar contra mim! Para me destruir mais ainda! Para dizer que eu lhe vendi a mãe em troca desse dinheiro! Eu pensei em deixar o dinheiro, pega , fica pra ti, dá pra tua mãe, mas eu seria morto, pensei, se fizesse algo assim! Eu não precisaria de todo esse dinheiro ! Cem cruzeiros para cigarros e comer algo durante a viagem e ainda para o ônibus quando eu chegasse em Porto Alegre, da rodoviária até a minha casa! Esse dinheiro ele me devia mas um rapaz lá na fazenda dele disse que faria lago para ele em sexo por cem cruzeiros e ele se riu, me devia mas só devolveu para usá-lo contra mim! E se deixasse o dinheiro? A passagem não poderia ser usada para me acusar de algo da mesma forma? De qualquer forma o dinheiro ele me devia , não em troca de sexo mas em troca do que ele comeu e bebeu e fumou junto com seus amigos e eu achei que se ele iria se juntar aos seus amigos para me destruir mais ainda por ter eu pego esse dinheiro eu talvez conseguisse me inocentar e me me desvencilhar dele e do que ele me fez! Deixei com isso minha mãe vulnerável a ser ofendida por ele mas pensei que ela é uma mulher inteligente e honesta e honrada saberia se proteger dele e do que tentasse lhe causar!
E o que ele pretendia conseguiu junto com seus amigos! Voltar o ódio que lhe devia contra mim mesmo, contra o meu próprio cérebro, contra minha própria mãe em meu cérebro! Compulsivamente e sem controle sobre isso a imaginar com um pênis lhe enfiado na boca! Ele tinha enfiado a boca no meu pênis e dado uma mordida, mas não era puta! Puta a minha mãe por ter eu pego o dinheiro que peguei! E não puta de um só mas assim como uma puta de rua, de vários, uma cadela! Quem quisesse me fazia imaginar sua imagem em meu cérebro agredida! Mas a imagem da minha mãe dentro da minha cabeça é apenas uma imagem dela e não ela! E minha mãe não é prostituta! É uma mulher honrada e honesta! Não se torna algo assim por ter sua imagem agredida no cérebro do seu filho! E eu não fiz algo assim do que me acusam tendo pego o dinheiro que eu peguei! Mas o meu vizinho, proprietário de um Grupo de meios de informação, e o dono das Organizações Globo da qual depende para ter o lucro que tem também! E o dono da Editora Abril e o dono da Editora Bloch também! E Ministros de Estado também! E o Presidente da República General de exército também! E presidentes civis da mesma forma! E de outros países também! E os meus exemplos de honradez e honestidade também! E os sensíveis e criativos do país também! E os nossos guardiões de valores éticos e morais, os que se colocam como tais, também! Se deram conta de que o dinheiro devolvido era menos da metade do que eu tinha e havia gasto por ter havido uma desvalorização do dinheiro e por que da primeira vez que lá estive, quando de lá sai, gastei , por vontade minha, algum dinheiro em uma compra de mantimentos básicos que ele fazia mensalmente e compreendendo a coisa toda ficaram com o restante do dinheiro ao invés de devolver por que se devolvessem ficaria inviabilizado o que resolveram fazer, estariam inocentando do que teriam que acusar para ficar justificado perante os outros o que seria feito!
Vejam vocês para que empresas com cinco mil funcionários são colocadas a serviço em uma ação entre amigos, o que essa gente toda têm em comum, do que se tornam cúmplices e participantes, do que colocam inteligência e talento a serviço, no que se realizam existencialmente, o que fazem e o que dizem ter feito ou estarem fazendo!