Poderia um processo de raciocínio que resulta do que está contido em um nêutron compreender, imaginar no que consiste do que ele se origina?
Poderia um átomo, uma quantidade finita de energia que se transforma em forças, existir em um tempo infinito, existir simplesmente sem ter se originado de um outro algo, por sua vez eterno e infinito, não o sendo ele?
Do nada poderia se originar algo, assim, surgir algo do nada?
E se do que está contido nesse átomo resulta processos de raciocínio não se presumiria que do que ele resulta também os tenha?
E se do que está contido no átomo resulta sentimentos, amor, ódio, alegria, tristeza, prazer, dor não se presumiria que do que ele resulta também os tenha?
E assim, observando o DNA do homem, ou de outras espécies, um gigantesco aglomerado de moléculas que dá origem a um ser organizado e em que cada molécula e em que que cada fração de molécula dá origem à células e à órgãos com funções específicas mas como parte de um todo não se presumiria que esse DNA é fruto de uma inteligência externa ao átomo, que mesmo que funções de raciocínio e imaginação resultem do que está contido no interior das partículas do átomo, que átomos tenham uma inteligência química ,digamos, a capacidade de reconhecer as características dos átomos à sua volta, que não poderiam por si só imaginar um organismo, e irem se juntando uns aos outros de uma forma planejada, organizada, para, juntos ,darem origem ao que pensaram? Que mesmo que não se possa comprovar através do método dedutivo experimental tal dedução não é algo que lhes pareça óbvio?
Em que espécie de ser, o átomo, se criaria assim em quantidades tão grandes, como fruto do seu processo metabólico, orgânico? De que espécie de ser o que está contido no átomo e que está contido em nós faz parte?
De que espécie de ser nós somos o produto de imaginação e ao mesmo tempo algo que nele se cria?
De que espécie de ser nós somos átomo?